sexta-feira, 8 de abril de 2011

Voando alto

Um espetáculo de cores de encher os olhos. Não estou falando do carnaval, mas sim do filme Rio, animação que entra em cartaz nesta sexta-feira (8 de abril). O longa-metragem conta a história de Blu, uma arara azul que não aprendeu a voar e vive como animal de estimação em Minnesota.

A vida de Blu muda quando ele tem que ir para o Rio de Janeiro, para tentar salvar sua espécie da extinção, juntamente com Jade – uma arara azul fêmea. Mas as coisas não saem como o planejado e o “casal” acaba vivendo uma grande aventura.

Rio é o tipo de filme que encanta o espectador por unir visual bem trabalhado, trilha sonora impecável e história leve e divertida. Ao contrário de vários longas atuais, a trajetória de Blu deixa de lado a narrativa cheia de lições de moral e filosofia, e retoma o modo tradicional, voltado exclusivamente para o entretenimento de quem está assistindo.

Vale destacar a participação das personagens coadjuvantes do filme. Independente se estão do lado do casal de mocinhos, ou dos vilões, eles incrementam ainda mais a diversão, principalmente a “gangue” dos micos. Em certos momentos, o grupo rouba a cena.

E, exatamente, a imagem que os micos retratam pode incomodar os telespectadores mais conservadores. A criminalidade na cidade maravilhosa é representada de forma fofinha pela gangue, mas não é deixada de lado.
Mesmo sendo uma animação, o filme também aborda, de forma velada, questões como a desigualdade social.

Rio é repleto de clichês sobre amizade, amor, trabalho em equipe e fazer escolhas. Mas a história consegue retirar o melhor de cada clichê e arrancar boas risadas do público. Vá ao cinema com a ideia de que você quer se divertir e aproveite os momentos ao lado de Blu e Jade.


Trailer




Por Christiano Senna (@christianosenna)



quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dois shows e duas medidas

Belo Horizonte recebeu, nas últimas semanas, os shows de duas das principais cantoras da Música Popular Brasileira, na atualidade: Ana Carolina e Vanessa da Mata. A primeira apresentou o “Ensaio em Cores”, no Grande Teatro do Palácio das Artes, e a segunda desembarcou na capital mineira com o repertório do álbum “Bicicletas, bolos e outras alegrias”, no Chevrolet Hall.

Ana Carolina fez um show intimista, com repertório que misturava músicas de seus CDs e versões de composições de outros artistas. Enquanto Vanessa fez uma apresentação totalmente diferente, com a animação que marca o novo álbum da cantora.

Apesar da diferença das propostas das duas apresentações, uma coisa deve ser comparada: a interação das cantoras com o público. Independente do tipo de show feito, a postura, muitas vezes, indiferente de Ana Carolina chegou ao ponto de incomodar.

Vanessa da Mata fez a sua parte. Cantando com emoção, agradou gregos e troianos, ou melhor, agradou apaixonados e festeiros. Desde a abertura, com a música “Amado”, até o encerramento (antes do bis) com “Ai, ai, ai”, ela esbanjou simpatia.

Vale ressaltar a interpretação, que dispensa comentários, da canção “A distância”, de Roberto Carlos. Quem estava no show teve a certeza de como Vanessa da Mata é completa.




Por Christiano Senna (@christianosenna)