terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Memórias além das montanhas

Já está em funcionamento o Memorial Minas Gerais – Vale, novo equipamento do Circuito Cultural Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Instalado no prédio onde funcionou a Secretaria de Estado da Fazenda, até o dia 28 de janeiro, o Memorial recebe visitas por meio de agendamento prévio pelo telefone (31) 3343-7317.

Misturando tradição e tecnologia, o Memorial apresenta em 31 salas a história e costumes do povo mineiro, desde sua formação, a partir da miscigenação de brancos, índios e negros, até detalhes da vida no interior do estado. Personagens ilustres, vilas barrocas, grandes autores, cidadãos comuns, moda, comida típica e até o futebol estão representados nas salas.

Ao todo, o Memorial recebeu investimentos de R$ 27 milhões e foi materializado pelo museógrafo Gringo Cárdia. O projeto é repleto de quadros que conversam entre si, textos gravados em roupas, árvores de poemas, além de fotos, textos, vídeos e outras mídias.

O Circuito Cultural Praça da Liberdade já conta com o Espaço TIM UFMG do Conhecimento, o Museu das Minas e do Metal – EBX, o Palácio da Liberdade - aberto à visitação pública sempre aos domingos - a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, o Arquivo Público Mineiro e o Museu Mineiro.

Ainda estão previstos: o Centro de Arte Popular – Cemig, o Centro Cultural Banco do Brasil, o Museu do Homem Brasileiro, o Museu do Automóvel e o Museu Clube da Esquina, além de um hotel padrão cinco estrelas.

                                  Foto: Chris Senna




Por Christiano Senna (@christianosenna), com informações da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais

Palcos para todos

Tudo pronto para os teatros de Belo Horizonte e região metropolitana abrigarem uma das principais ações de popularização das artes cênicas do Brasil, a 37ª Campanha de Popularização Teatro e Dança. A edição 2011 começa no dia 6 de janeiro e vai até 01 de março.

O lançamento da campanha será realizado dia 4 de janeiro, com uma apresentação gratuita, mas as informações ainda não foram divulgadas.

A 37ª Campanha de Popularização Teatro e Dança vai contar com mais de 140 peças (adulto, infantil, dança, musical e ópera). O preço dos ingressos ainda não foi divulgado, mas os bilhetes para algumas apresentações já estão à venda no site.  

Seguindo o sucesso da edição passada, a partir do dia 13 de janeiro, será aberto o bar oficial Campanha. O local vai funcionar de quinta-feira a sábado, no Mercado Novo, na Avenida Olegário Maciel, 742, centro de Belo Horizonte.

Os twitteiros podem ter mais informações sobre a 37ª Campanha de Popularização Teatro e Dança seguindo o perfil @ToNaCampanha.


Por Christiano Senna (@christianosenna)

domingo, 26 de dezembro de 2010

O lado nem tão belo da capital mineira

Quem passa pelas ruas de Belo Horizonte, diariamente, já se acostumou a ver os moradores de rua que estão pelas principais vias da cidade. A imagem já se tornou parte do cenário que compõe a capital mineira.

Em meio ao feriado de Natal, no dia 25 de dezembro, um grupo de pessoas de várias partes de Belo Horizonte ofereceu uma ceia para os moradores de rua, que moram na região da Rua dos Tamoios, no centro. Além de comida, os voluntários levaram disposição para escutar as histórias de cada pessoa que recebeu um prato de comida.



Histórias emocionantes e de superação se misturaram, em pouco mais de duas horas. Os voluntários conheceram Viviane, uma jovem grávida de sete meses que mora embaixo do viaduto na Avenida do Contorno.

Também descobriram porque Warleys, Suelens e Antônios saíram de casa, deixando suas famílias e optando por morarem nas ruas.

Então, quando passar por qualquer rua ver um morador de rua lembre-se que cada um possui uma história e que passa por problemas parecidos com os seus.



Por Christiano Senna (@christianosenna)

sábado, 20 de novembro de 2010

Uma cidade ou um tesouro

Se fosse necessário definir Ouro Preto em uma palavra, a melhor palavra seria “diversidade”. As ladeiras da cidade histórica, situada na região central de Minas Gerais, é um espaço de mistura de raças, idiomas, ideais e, principalmente, culturas.



Quem se dispõe a caminhar pelas ladeiras do centro histórico consegue perceber como a diversidade é uma marca registrada da cidade. Museus, igrejas, casas, repúblicas, restaurantes, lojas de artesanato, entre outras coisas, compõem o cenário repleto de pessoas de várias partes do mundo.

Durante a noite, os bares e restaurantes da cidade oferecem diversas apresentações musicais. Pela Rua Direita é possível encontrar desde MPB até Jazz. Além das várias opções gastronômicas como a tradicional comida mineira, comida italiana, entre outras.

Repúblicas

Para quem procura muita diversão e agitação, a opção são as repúblicas espalhadas por todas as partes de Ouro Preto. Festas sem hora para começar e, muito menos, para terminar animam turistas e moradores. 

Repúblicas ao lado da Ufop



Por Christiano Senna  (@Christianosenna)



terça-feira, 2 de novembro de 2010

De volta aos palcos

O primeiro post deste blog foi exatamente sobre teatro, então decidi fazer outro. E a peça em questão agora é “O marido da minha mulher”, que fica em cartaz de 5 a 28 de novembro, no Teatro Icbeu, em Belo Horizonte.

A montagem conta a história de Alex, que se casa com Bruna, mas não abre mão dos hábitos de solteiro. Ele morre e descobre que a viúva é assediada por seu inimigo. Depois, o fantasma de Alex retorna para tentar impedir que algo ocorra entre os dois. O elenco conta com Christiano Junqueira – é, de novo -, Rafael Mazzi, Bella Marcatti e Pedro Plínio Sabará.

“O marido da minha mulher” é exibida sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.  Os ingressos podem ser comprados nos postos da Belotur.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meditando até demais

Como jornalista, eu tenho meus momentos de São Tomé e utilizo da filosofia que é “ver para crer”. Isso aconteceu com o filme “Comer, rezar, amar” (Eat, Pray, Love. EUA. 2010), mesmo lendo críticas que detonavam a produção, lutei contra a opinião dos outros e fui assistir à adaptação do best-seller de Elizabeth Gilbert.


Em 133 minutos, o filme junta artifícios que conseguem chamar a atenção do espectador, como um elenco bom (encabeçado por Julia Roberts), paisagens bonitas e uma trilha sonora muito legal - com destaque para as músicas de João Gilberto, Eddie Vedder, Marvin Gaye e Neil Young.  A história chega a ser inspiradora, se você sempre teve vontade de mudar completamente sua vida, mas nem tudo é perfeito.

“Comer, rezar, amar” é dividido em quatro partes, de acordo com os locais em que a protagonista permanece. As duas primeiras partes, Nova Iorque e Itália, são muito divertidas e dão um embalo para o desenrolar da história. Por mais que a primeira fase, nos EUA, passe tão rápida que dá a impressão que Liz é a mulher mais fácil da face da Terra, um minuto ela está casada, cinco minutos depois ela está tomando vinho com o novo namorado.

Mas, quando chega a terceira parte e Liz vai para a Índia (momento do “rezar”), a monotonia, a quebra do ritmo e o arrastar da história é capaz de desanimar profundamente o espectador. A passagem parece ser a maior de todo o filme e a impressão é que não terá fim. A protagonista e sua meditação chegam ao nível extremo da chatice, e eu, particularmente, passei a torcer para que um elefante atacasse os figurantes para poder “animar” o longa-metragem.

Talvez, o corte de alguns minutos na passagem pela Índia fosse a melhor solução para o filme. Só que essa derrapada é capaz de comprometer a parte final da adaptação, pois quem já está entediado não vê a hora de Liz resolver sua vida e aparecer o The End.

A fase final de “Comer, rezar, amar”, apesar de curta, consegue dar um último suspiro esperança para a mulher problemática que tenta mudar sua vida – a personagem da Julia Roberts – e também para quem já estava na porta do cinema para ir embora. Festa, bebedeira e a mancada de colocar Javier Bardem para falar um português muito estranho são capazes de minimizar o cansaço deixado pela passagem pela Índia.

Como uma obra literária, “Comer, rezar, amar” pode ser considerada uma história na medida certa, mas no cinema erraram um pouco a mão. 





Por Christiano Senna (@christianosenna)


domingo, 17 de outubro de 2010

Primeiro contato com o desconhecido

Aulas de artes circenses, uma das atividades no Plug Minas


Na última semana, tive a oportunidade de conhecer o projeto Plug Minas, em Belo Horizonte. Talvez, uma grande parte dos jovens mineiros nunca ouviu falar do trabalho desenvolvido no espaço onde funcionava a antiga Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem), no bairro Horto.

Criado em 2009, o Plug Minas foi desenvolvido pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais em parceria com a Secretaria de Esportes e “é um centro de formação e experimentação digital, onde jovens de 15 a 24 anos, estudantes das diversas escolas da rede pública do estado, vão desenvolver competências para lidar com os mais variados aspectos da tecnologia e da cultura digital - por meio do acesso irrestrito às redes e da autonomia para produzir informação, arte e cultura”.

Atualmente, o projeto atende cerca de 1.500 jovens em cursos como de dança, de artes plásticas, de artes circenses, além das atividades nos núcleos Oi Kabum e Inove, voltadas para áreas digitais, e aulas de empreendedorismo juvenil em parceria com o Sebrae.

Fiquei impressionado com a qualidade do trabalho desenvolvido no Plug Minas e devo revelar que fiquei com vontade de participar das atividades oferecidas, mas acho que não me encaixo nas condições para fazer parte dos núcleos. O projeto é uma ótima oportunidade para que jovens possam dedicar o tempo ocioso para aprender algo novo e desenvolver as habilidades.

Se você se interessou e quer saber um pouco mais sobre o Plug Minas, acesse o site do projeto.

Por Christiano Senna (@christianosenna)



terça-feira, 12 de outubro de 2010

Uma noite de comédia

Como diz a música: “todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite”. E, como a maioria das pessoas, eu também procurava alguma coisa para fazer, em Belo Horizonte, no último sábado.

Poderia ir para algum bar, já que a cidade é a capital mundial dos botecos, só que não estava muito animado para isso. Cinema era outra opção, só que os filmes em cartaz não me agradavam tanto, pelo menos para ir sozinho. Então, eis que surge um convite vindo da minha irmã e da minha tia, que inicialmente considerei como interessante: assistir a peça “10 maneiras incríveis de destruir seu casamento”, em cartaz no teatro ICBEU.

Após pensar um pouco, aceitei o convite e fui assistir à peça, que nem fazia ideia que estava em cartaz em Belo Horizonte. E qual foi a minha surpresa? Durante pouco mais de uma hora, tive a oportunidade de rir muito e identificar algumas ocasiões absurdas, mas que, com certeza, acontecem parcialmente nas melhores ou piores famílias.

A mistura de um texto bem desenvolvido, a interação com o público e um elenco com muito fôlego e entrosado faz da peça uma ótima alternativa para momentos de divertimento e de riso fácil. Ah, e por falar nos atores, não posso esquecer de concordar com Jefferson da Fonseca (do Jornal Estado de Minas), em uma crítica publicada em 2009, mas ainda válida: Christiano Junqueira nada de braçada (...) Improvisa ao calor e sabor de cada apresentação, com verve e timing de comediante maduro”. (para ler mais, clique aqui)

Mas, como nem tudo são flores, pelo menos para o público, tive o azar de sentar logo a frente da única pessoa, em todo o teatro, que não gostou da peça e ficava reclamando, achando que todo mundo deveria saber de sua insatisfação. Entendo que todos possuem o direito de gostar ou não de alguma coisa, principalmente se tratando de cultura, só que o uso do bom senso é primordial.

Já que a noite só estava começando, depois do aperitivo humorístico no teatro ICBEU, decidimos encarar o horário maluco do “Comedia di Teatro” - um stand up feito por Geraldo Magela, Nayla Brizard, Christiano Junqueira (é, o mesmo da primeira peça) e Dudu (locutor do programa Graffite, na rádio 98 FM, em BH). Para quem não sabe, a apresentação do quarteto começa às 23h23, do sábado, no teatro Dom Silvério.


Comédia di Teatro, no Dom Silvério, sábado, às 23h23



A segunda parte da minha noite de comédia foi tão boa quanto a primeira. A oportunidade de ver quatro estilos de atores fazendo pessoas com diferentes graus de instrução, idade e classe social rirem me deu a certeza da qualidade que o teatro mineiro assumiu.

Isso me faz pensar em uma coisa, que talvez faça parte do cotidiano de pessoas envolvidas diretamente com a produção teatral e de admiradores desta arte: por que a divulgação de peças de grupos mineiros só acontece durante três meses, quando é realizada a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança? Nos outros nove meses, a mídia acha que as peças não precisam ser divulgadas?

As respostas para estas perguntas eu não tenho, mas a impressão é que ainda existe o descaso dos principais veículos de comunicação, que atuam em Minas Gerais, quando o assunto é cultura e, principalmente, cultura (teatro, música, dança, cinema etc.) produzida no estado.


Então, para fazer minha parte, hora de divulgar:


Comédia di Teatro

Local: Teatro Dom Silvério, em BH
Horário: 23h23
Elenco: Geraldo Magela, Nayla Brizard, Christiano Junqueira e Dudu
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
Promoção: você compra uma inteira e ganha outra de brinde.
Informações: (31) 2191-5700



10 maneiras incríveis de destruir seu casamento

Local: Teatro ICBEU, em BH
Horário: sexta-feira e sábado, às 20h30. Domingo, às 19h30
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)




por Christiano Senna (@christianosenna)